Aitana Bonmatí, eleita melhor jogadora do mundo de 2025, foi cortada de forma dramática da final da Liga das Nações feminina após fratura na fíbula da perna esquerda confirmada nesta segunda-feira. A meia do Barcelona deixou a concentração da seleção espanhola e retornou à Catalunha para iniciar tratamento, ficando fora da partida de volta contra a Alemanha, que será disputada nesta terça, às 14h30 (de Brasília), no Estádio Metropolitano, em Madri, com o jogo de ida empatado em 0 x 0.
A lesão surgiu numa disputa de bola durante o treino de domingo, quando Bonmatí colidiu acidentalmente com uma companheira e sentiu dor intensa ao apoiar o pé. Exames de imagem feitos na manhã seguinte revelaram a fratura, encerrando a participação da atleta na competição. A meia de 27 anos chegava em excelente fase: soma 11 gols e 14 assistências em 18 partidas pela seleção nesta temporada, além de ter sido peça-chave na campanha invicta da Espanha na fase de grupos da Liga das Nações, com quatro vitórias e dois empates.
Sem seu principal referente técnico, o técnico Montserrat Tomé promove a entrada de Ainhoa Moraza no setor de construção, mudando o esquema de 4-3-3 para 4-2-3-1 com Alexia Putellas como articuladora central. A escolha reflete a necessidade de manter a posse de bola (média de 67% nos jogos anteriores) contra uma Alemanha que se beneficia da velocidade das extremas Bühl e Brand, responsáveis por 60% dos cruzamentos perigosos da equipe germânica na competição. A vaga para a finalíssima contra Estados Unidos ou Japão será decidida nos 90 minutos ou nos pênaltis, já que o regulamento prevê desempate direto sem prorrogação na fase final.
A ausência de Bonmatí abre espaço para que Jenni Hermoso, goleadora histórica da seleção, atue como falsa 9 e busque seu 50º gol com a camisa vermelha. Do lado alemão, a volante Lena Oberdorf reapós lesão no ligamento do joelho e será a responsável por marcar a linha de passe de Putellas, duelo que teve média de 32 disputas de bola por partida quando as duas se encontraram na Eurocopa de 2022. O vencedor garante vaga direta nos Jogos Olímpicos de 2026 e um prêmio de 500 mil euros para a federação; o perdedor terá de disputar repechaje em junho contra a terceira colocada da outra chave.
