Uma mulher de 49 anos foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por crime de injúria transfóbica contra uma jovem de 22 anos em uma academia no bairro Eldorado, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A vítima gravou um vídeo em que a suspeita afirma que ela não poderia usar o banheiro feminino da academia, insinuando que, assim como seu filho de 7 anos não poderia usar o banheiro feminino, uma pessoa trans também não deveria. O inquérito foi instaurado após a vítima registrar um boletim de ocorrência, e a investigação incluiu a oitiva de testemunhas e análise pericial de imagens, que confirmaram as injúrias de natureza transfóbica.
A injúria transfóbica é equiparada à injúria racial e constitui um crime previsto em lei. A vítima, que se sentiu ofendida pelas declarações da suspeita, decidiu denunciar o caso à polícia. A jovem publicou o vídeo em seu perfil nas redes sociais, o que gerou grande repercussão e levou a uma rápida resposta da polícia. A suspeita foi ouvida na delegacia, acompanhada de sua advogada, e exerceu seu direito de permanecer em silêncio durante o depoimento. A Polícia Civil concluiu as investigações e encaminhou o inquérito ao Poder Judiciário.
A injúria transfóbica é um tipo de crime que visa ofender a dignidade de uma pessoa com base em sua identidade de gênero. Esse tipo de crime pode ter consequências graves para a vítima, incluindo violência física e psicológica. A lei que equipara a injúria transfóbica à injúria racial visa proteger as pessoas contra discursos de ódio e preconceito. A investigação desse caso demonstra a importância de denunciar e combater a transfobia em todas as suas formas.
A conclusão do inquérito e o indiciamento da suspeita representam um importante passo para a vítima e para a comunidade LGBTQ+, que luta por respeito e igualdade. O caso também serve como um lembrete de que a discriminação e o preconceito não serão tolerados e que as autoridades estão trabalhando para proteger os direitos de todos os cidadãos.
