A desenvolvedora CD Projekt Red informou nesta segunda-feira, 1º de dezembro de 2025, que The Witcher 4 não será lançado em 2026 e integrará uma nova trilha de três jogos, iniciando um ciclo distinto dentro da franquia. O anúncio foi feito durante teleconferência com investidores liderada pelo co-CEO Michał Nowakowski, que ressaltou: “Não veremos The Witcher 4 no ano de 2026”. A declaração afasta a possibilidade de estreia imediata do título, mantendo expectativas indefinidas para o mercado e adiando o horizonte de retorno financeiro previsto inicialmente para o próximo exercício.
O estúdio, com sede em Varsóvia, iniciou o projeto sob o codinome “Polaris” e migrou em outubro de 2024 para a fase de “produção em larga escala”, empregando atualmente mais de 250 profissionais no desenvolvimento. Segundo relatório financeiro divulgado em novembro, a CD Projekt empregará cerca de 17% do orçamento operacional de 2025 no novo ciclo de The Witcher, mantendo ainda equipes menores em atualizações de Cyberpunk 2077 e no spin-off Project Sirius. A empresa projeta que o primeiro jogo da nova trilogia seja o principal gerador de receita apenas no ano fiscal de 2027/2028, refletendo cronograma de produção mais longo adotado após os problemas de lançamento de Cyberpunk 2077 em 2020.
A decisão de estender o período de desenvolvimento foi justificada pela diretoria como forma de evitar revisões pós-lançamento e de consolidar o motor gráfico Unreal Engine 5, adotado em parceria com a Epic Games. O contrato de licenciamento, assinado em 2022, prevê atualizações de pipeline de animação e ferramentas de mundo aberto que ainda estão sendo adaptadas aos fluxos internos do estúdio. Não foram divulgados detalhes sobre local ou personagens centrais, mas imagens promocionais exibidas em evento fechado para investidores em setembro mostraram o brasão de escola escola de lobo parcialmente desgastado, indicando continuidade temática com os eventos de The Witcher 3: Wild Hunt, que vendeu mais de 50 milhões de cópias desde 2015.
A ausência de data precisa impulsiona ações concorrentes: a Bandai Namco confirmou para 2026 o RPG “Code Vein 2” e a Embracer Group planeja remasterização de Kingdoms of Amalur, ambos mirando o espaço de mercado antes ocupado por lançamentos anuais da franquia The Witcher. Analistas da empresa de consultoria Sensor Tower estimam que cada ano adicional de produção represente cerca de 120 milhões de dólares em investimento adicional, considerando folha salarial e marketing global, mas que postergar pode beneficiar receita total caso o jogo alcance média de 85 pontos ou mais no agregador Metacritic, patamar que elevou vendas de Wild Hunt em 32% após atualizações.
