Na madrugada de quarta-feira (27/11) a Netflix liberou os quatro primeiros episódios da quinta e última temporada de Stranger Things, e o serviço de streaming passou a tremer quase tanto quanto o Mundo Invertido: em menos de uma hora o público transformou o nome da série em trending topic mundial, impulsionado por uma única pergunta: “O que diabos Will Byers acabou de fazer?”. A produção mantém o clima oitentista, o trio de irmãos Duffer na direção e o elenco que cresceu diante das nossas telas, mas aposta numa virada de chave que muda tudo o que pensávamos saber sobre a origem dos poderes naquela realidade.

    Quem acompanhou os teasers percebeu que a nova leva colocaria Will no centro das atenções: desde a 2ª temporada, quando foi possuído pelo Devorador de Mentes, o garoto tem pesadelos recorrentes e sensações físicas que o ligam ao lado sombrio de Hawkins. Agora, numa base militar cercada por demogorgons, essa conexão explode literalmente em cena. Noah Schnapp ganha o espaço que sempre lhe foi negado e mostra um Will mais maduro, enquanto Millie Bobby Brown, Caleb McLaughlin, Finn Wolfhard e Gaten Matarazzo reforçam a dinâmica de grupo que faz a série funcionar. A fotografia continua com aquele filtro quente-amarelado que imita fitas de VHS, mas os efeitos ganharam capricho: o abismo entre o mundo real e o paralelo nunca pareceu tão fino – ou tão perigoso.

    O trunfo destes episódios iniciais é entregar ação sem abrir mão da nostalgia. A trilha sonora mescla Talking Heads com Kate Bush, há referências a Poltergeist e O Exterminador do Futuro, e até a mesa de RPG volta ao centro – só que desta vez os dados definem estratégias de guerra real. O roteiro brinca com a ideia de que “o verdadeiro herói não precisa de número na testa” e coloca Will numa posição que, segundo fãs, Eleven jamais alcançou: o controle consciente dos monstros. A cena em questão, que acontece no minuto final do episódio 4, já virou meme e reação de sofá: gente pulando, gritando e, claro, prometendo maratona de rewatch até o dia 25 de dezembro, quando mais três episódios desembarcam. O grande final, prometido para a véspera de Ano-Novo, deve fechar a história de uma geração que aprendeu a enfrentar o desconhecido com walkie-talkie e fita cassete.

    O que o público ganha com essa retomada é a sensação de que nenhuma teoria era grande o suficiente. Stranger Things resolveu se arriscar, transformando o personagem que sempre pareceu mais frágil no elemento-chave para salvar tanto amigos quanto o próprio conceito de realidade. Se você curte cliffhangers épicos, referências oitentistas e a promessa de que ainda veremos mais monstros e emoção antes da meia-noite de 31 de dezembro, a dica é simples: ainda dá tempo de maratonar os quatro episódios e entrar na conversa global sobre o futuro – ou o fim – do Mundo Invertido.

    Camilo Dantas é redator profissional formado pela USP, com mais de 15 anos em jornalismo digital e 25 anos de experiência em SEO e estratégia de conteúdo. Especialista em arquitetura semântica, otimização para buscadores e preparação de conteúdo para LLMs e IAs, atua como uma das principais referências brasileiras em SEO avançado. Também é formado em Análise de Sistemas com foco em Inteligência Artificial, unindo expertise técnica e editorial para produzir conteúdos de alta precisão, relevância e performance. Contato: [email protected]