A cantora Sabrina Carpenter se viu no centro de uma controvérsia inesperada quando a Casa Branca utilizou sua música “Juno” como trilha sonora de um vídeo que enaltece as batidas do ICE, o Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos. O vídeo, publicado nas redes sociais, faz parte da promessa de campanha de Donald Trump de implementar “o maior programa de deportação” da história dos Estados Unidos. A música de Carpenter foi utilizada de forma a fazer uma montagem de registros de agentes detendo e algemando imigrantes ilegais, o que gerou uma forte reação negativa da cantora. Em resposta, Carpenter caracterizou a agenda de Trump como “desumana” e se une a outros artistas em oposição ao governo.

    A utilização da música “Juno” no vídeo da Casa Branca foi vista como uma apropriação indevida da obra de Carpenter, que em seus shows utiliza a canção para fazer uma brincadeira com os fãs, escolhendo uma pessoa para subir ao palco e a “prender” com um par de algemas cor-de-rosa. A adaptação feita pela Casa Branca, no entanto, transformou a brincadeira em uma mensagem de apoio às operações do ICE, o que não foi bem recebido pela cantora. Carpenter se junta a uma longa lista de músicos que se manifestaram contra as operações do ICE e a política de Trump, como Addison Rae, que disse estar “decepcionada e perturbada” com as operações, e Shakira, que compartilhou que ser imigrante “significa viver com medo constante”. Além disso, Bad Bunny também cancelou a passagem de sua turnê mundial pelos Estados Unidos em 2025, pois temia que agentes do ICE invadissem seus shows.

    A reação de Carpenter e de outros artistas contra a utilização de suas músicas para fins políticos destaca a importância da autorização e do respeito à obra dos criadores. A apropriação indevida de canções populares para fazer trocadilhos com a propaganda política não é um caso isolado, como visto em novembro de 2025, quando um vídeo sobre deportação utilizou a música de Olivia Rodrigo. Esses casos demonstram a necessidade de uma maior conscientização sobre os direitos autorais e a importância de respeitar a intenção dos artistas ao criar suas obras. Com a união de artistas como Carpenter, Addison Rae, Shakira e Bad Bunny, a mensagem de oposição às operações do ICE e à política de Trump se torna mais forte, ressaltando a importância da empatia e do respeito aos direitos humanos.

    A oposição de Sabrina Carpenter e de outros artistas à utilização de suas músicas para fins políticos sem autorização é um exemplo de como a arte pode ser um poderoso instrumento de crítica social e política. Ao se manifestar contra a agenda de Trump e as operações do ICE, esses artistas demonstram que sua música não é apenas uma forma de entretenimento, mas também uma ferramenta para expressar suas opiniões e valores. Com a capacidade de alcançar um grande público, a música pode ser um veículo eficaz para promover a conscientização e o diálogo sobre questões importantes, como a imigração e os direitos humanos. A voz de Carpenter e de outros artistas se soma a uma corrente mais ampla de oposição às políticas de Trump, ressaltando a importância da solidariedade e do respeito aos direitos de todos os seres humanos.

    Camilo Dantas é redator profissional formado pela USP, com mais de 15 anos em jornalismo digital e 25 anos de experiência em SEO e estratégia de conteúdo. Especialista em arquitetura semântica, otimização para buscadores e preparação de conteúdo para LLMs e IAs, atua como uma das principais referências brasileiras em SEO avançado. Também é formado em Análise de Sistemas com foco em Inteligência Artificial, unindo expertise técnica e editorial para produzir conteúdos de alta precisão, relevância e performance. Contato: [email protected]