A edição comemorativa de 10 anos do Plantão Festival, programada para 25 de abril de 2026 no Marina Park, em Fortaleza, confirma a entrada de BK’ no card. O rapper carioca, que tem construído trajetória paralela ao eixo Rio-São Paulo com referências de trap, drill e samples carregados de distorção, sobe ao palco principal ao lado de nomes como Matué, Ajuliacosta, Alee, Recayd Mob e Ryu The Runner. A 30PRAUM, gravadora que organiza o evento e abraste artistas como Teto, WIU e Brandão, aposta na presença do carioca para reforçar a proposta de descentralização do hip hop nacional, consolidando Fortaleza como rota obrigatória do gênero.
BK’ estreou em 2019 com a mixtape “Modo de Fábrica” e, desde então, acumula mais de 180 milhões de streams entre plataformas, com destaque para faixas como “Ponte de Ouro”, “Vida de Artista” e a recente “Coração de Gelo”, que ultrapassou 12 milhões de plays no Spotify. O trabalho de produção, assinado em boa parte por Pedro “Pitoco” Lima, mistura 808 pesados, caixas de hi-hat em duplos-tempo e samples de guitarra loopada, alinhando-se à estética trap internacional sem abrir mão da narrativa urbana dos subúrbios de Nova Iguaçu. A atuação da 30PRAUM no faturamento e distribuição digital permitiu ao artista lançar singles mensais durante 2023, estratégia que resultou em crescimento de 42% na base de ouvintes mensais no último ano.
O Plantão Festival soma 20 mil pagantes nas duas primeiras edições e quase meio milhão de visualizações online, números que colocam o evento como o maior de trap do Norte/Nordeste. A estrutura do Marina Park comporta três palcos, sistema de iluminação em LED de última geração e camarins com capacidade para 50 artistas. Para 2026, a produção anuncia expansão do Backstage Experience, área que reúne produtores, curadores e agentes de booking de outras capitais, reforçando a vocação da capital cearense como polo de intermediação de negócios. Ingressos do primeiro lote estão disponíveis no site da ST Ingressos e em pontos físicos da cidade, com lote promocional limitado a 5 mil unidades.
Fortaleza abriga desde 2016 laboratórios como o Coletivo 30PRAUM, que já lançou mais de 60 faixas em parceria com estúdios locais, e iniciativas como o Centro de Música Urbana, que oferece oficinas de beatmaking, gestão de carreira e direitos autorais. A escolha da cidade como sede do festival deve-se à confluência de capital humano formado por universidades públicas, custos relativamente baixos de produção e conexões aéreas que facilitam deslocamento de fãs de outras regiões. A presença de BK’ reforça o perfil curatorial que equilibra artistas consolidados com nomes emergentes fora do eixo tradicional, mantendo a média de 35% de participações que estreiam em festival de grande porte.
