Um militar do Exército, identificado como Gustavo Pavão Gomes, matou um suspeito de assalto na orla da Praia da Enseada, em Guarujá, litoral sul de São Paulo, na manhã de sábado (6/12). Segundo o boletim de ocorrência, Gomes estava caminhando pela praia quando foi abordado por um indivíduo que lhe perguntou se a corrente que usava era de ouro, e em seguida o abraçou e encostou um objeto metálico em sua barriga, afirmando estar armado e exigindo que entregasse a corrente. O militar entregou os pertences, mas posteriormente voltou ao seu apartamento, pegou uma arma de fogo e iniciou uma perseguição ao suspeito, que acabou sendo morto com um disparo.
O militar afirmou em depoimento que ficou assustado e entregou os pertences, incluindo uma corrente de ouro, um relógio e seu celular. No entanto, após o roubo, Gomes decidiu voltar ao seu apartamento e pegar uma arma de fogo para recuperar os pertences roubados e deter o autor do roubo. O suspeito percebeu a presença do militar e saiu correndo, mas Gomes iniciou uma perseguição, ordenando que o suspeito parasse. O militar alegou que efetuou disparos de advertência com o intuito de “assustá-lo e fazê-lo parar”, em direção ao mar. Ao se aproximar do assaltante, Gomes relatou que o homem sacou um objeto da cintura e, temendo ser uma arma de fogo, reagiu efetuando um único disparo.
A polícia constatou que o objeto sacado pelo suspeito era uma faca, e não uma arma de fogo. O militar chegou a acionar o socorro, mas as autoridades constataram a morte do assaltante ainda no local. Gomes foi conduzido à Delegacia Sede de Guarujá, onde prestou depoimento, afirmando que recuperou o relógio e o celular, perdendo a corrente. A arma do militar e a faca do suspeito foram apreendidas. A polícia entendeu que o homem agiu em legítima defesa, e Gomes foi liberado.
O caso ocorreu na Praia da Enseada, em Guarujá, que é uma região turística conhecida por suas belas praias e paisagens naturais. A ocorrência de crimes nessa região é relativamente baixa, mas casos de assalto e violência podem ocorrer em qualquer lugar. A legítima defesa é um conceito jurídico que permite que uma pessoa use a força para se defender de uma agressão, desde que a resposta seja proporcional à ameaça. A arma de fogo usada pelo militar foi apreendida e será submetida a exames periciais para determinar se foi usada de forma adequada.
