A presidente do Conselho de Administração do Magalu, Luiza Trajano, criticou a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano, e defendeu uma mudança na meta de inflação. Em entrevista coletiva, ela afirmou que a meta de inflação de 3% é muito baixa e sugeriu que deveria ser aumentada para 4%. As declarações foram feitas na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que discute a taxa de juros. Luiza Trajano acredita que a Selic está muito alta e que um corte de juros é necessário para estimular a economia.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação e é utilizada como referência para as demais taxas da economia. Quando a taxa de juros é aumentada, o objetivo é conter a demanda aquecida e, consequentemente, a inflação. Já quando a taxa é reduzida, o crédito fica mais barato, estimulando a produção e o consumo. No Brasil, a ampla maioria dos analistas espera que a Selic seja mantida no patamar atual, de 15% ao ano, a mais elevada taxa de juros em quase duas décadas no país. A meta de inflação para este ano é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que significa que a inflação pode ficar entre 1,5% e 4,5%.
Luiza Trajano não é a única a defender um corte de juros. O CEO do Magalu, Frederico Trajano, também acredita que a taxa básica de juros no Brasil está muito alta e que um corte é necessário. Segundo ele, “já passou da hora disso acontecer”. A expectativa é que o Copom sinalize possíveis mudanças na taxa de juros para as próximas reuniões. O mercado aguarda ansiosamente por um corte de juros, que pode ocorrer em janeiro ou março do ano que vem.
A discussão sobre a Selic e a meta de inflação é importante, pois afeta diretamente a economia do país. Um corte de juros pode estimular a produção e o consumo, enquanto uma taxa de juros alta pode conter a inflação, mas também pode desacelerar a economia. A decisão do Copom será importante para definir o rumo da economia brasileira nos próximos meses.
