No dia 28 de novembro, o Liverpool encaráu o desafio de decidir seu futuro técnico depois de uma temporada que, apesar do título da Premier League no ano anterior, tem sido marcada por performances abaixo do esperado. Com 18 pontos em 12 jogos, o clube ocupa atualmente o 12º lugar na tabela, apenas quatro pontos acima do 17º colocado. Na Champions League, a equipe se mantém no 13º lugar, com cinco confrontos já realizados. O histórico de derrotas — nove em 12 partidas — reforçou a necessidade de uma mudança que possa devolver a confiança aos jogadores e à torcida.
A análise tática aponta que o esquema 4-2-3-1, que era o favorito de Arne Slot, tem sofrido nas últimas rodadas. A linha de meio-campo, embora possua qualidade individual, tem demonstrado dificuldade de manter a posse de bola em espaços críticos, resultando em poucos chutes a gol (média de 3,7 por partida) e em falhas defensivas que levaram à perda de três de cada cinco chances. No ataque, os gols não chegaram com a regularidade necessária: o ataque de Liverpool tem um aproveitamento de 48% nas finalizações, com apenas 10 gols marcados até o momento. Destaque individual permanece a atuação de Trent Alexander‑Morgan, que lidera a equipe em passes completos (78%) e interceptações (4,5 por jogo), mas o seu esforço não compensa a falta de apoio nas áreas ofensivas.
No quesito estatístico, o Liverpool registra 47% de posse de bola, 2,1 gols por partida e 1,3 assistências por jogo, números abaixo das médias de 55% e 2,5 gols de clubes que se mantêm na metade alta da tabela. O controle de velocidade do jogo, que era um ponto forte sob Klopp, também se mostra comprometido, com a equipe gerando apenas 4,8 oportunidades de gol em 90 minutos. A comparação entre a performance dos últimos cinco jogos e a média das primeiras quatro indica uma queda de 27% nas chances de marcar, o que explica, em parte, a necessidade de uma intervenção no comando técnico.
Diante desse cenário, a direção do club tem considerado a possibilidade de trazer de volta Jürgen Klopp como técnico interino até o final da temporada, algo que o The Sun indica como provável, porém não definitivo. Klopp, que atualmente ocupa o cargo de diretor global de futebol da Red Bull, teria a tarefa de estabilizar a equipe, preservar a estrutura tática já estabelecida e evitar a queda para a zona de rebaixamento. Para o período subsequente, a escolha parece pender para Luis Enrique, que está sendo visto como a opção a longo prazo, sobretudo por sua experiência recente como campeão da Champions.
Em termos de próximos desafios, o Liverpool enfrenta a Everton na próxima quinta-feira, um confronto que pode definir o rumo da temporada na Premier League. Na Champions League, o Red Bull vai enfrentar o Barcelona na fase de grupos, o que representará um teste de resistência e uma oportunidade de provar que a equipe ainda tem capacidade para competir em alto nível. A decisão sobre o comando técnico, portanto, não apenas terá implicações táticas, mas também psicológicas, já que cada treinador traz consigo um estilo que pode influenciar diretamente no desempenho dos jogadores nas próximas partidas.
