O lançamento do álbum GNX, de Kendrick Lamar, gerou grande surpresa entre fãs e críticos não apenas pela qualidade da obra, mas também pelo processo criativo que a envolveu. De acordo com produtores como Sounwave, DJ Mustard e Jack Antonoff, o rapper gravou entre 80 e cem músicas durante as sessões para este projeto, o que revela um processo de criação intenso e uma curadoria rigorosa que resultaram na seleção de apenas 12 faixas para o álbum final. A produção de GNX começou logo após o lançamento de Mr. Morale & the Big Steppers, em 2022, com um início descrito como “caótico”, onde ideias, batidas e conceitos eram acumulados sem filtro, numa busca por um groove autêntico da Costa Oeste, alinhado às raízes de Kendrick em Compton. Com o tempo, a curadoria foi sendo refinada, com critérios de seleção que incluíam coerência sonora, impacto cultural e a vibração certa, resultando em um álbum final coeso, ambicioso e polido, que retrata a versatilidade e exigência de Kendrick como artista.
A existência de um “arquivo gigante” de músicas gravadas, mas não incluídas no álbum, gera especulações entre fãs e produtores sobre o que pode acontecer com essas faixas. Alguns imaginam um futuro deluxe, com descartes criativos que não couberam na versão final, como a faixa “Bodies”, que apareceu nos materiais de divulgação e até foi cantada no show do Super Bowl. Outros cogitam a possibilidade de um “GNX volume 2”. Embora essas ideias sejam intrigantes, nada foi confirmado oficialmente até o momento. Kendrick já visitou o arquivo de “sobras criativas” anteriormente, como no álbum untitled unmastered., que compilou faixas gravadas durante as sessões de To Pimp a Butterfly que não haviam sido aproveitadas. Esse disco surpresa, lançado em 2016, trouxe oito faixas sem título, identificadas apenas por datas, registrando diferentes momentos de criação entre 2013 e 2016, mostrando a experimentação e a sinceridade que caracterizam o processo artístico de Kendrick.
O contexto artístico e a produção de GNX são fundamentais para entender a escolha das 12 faixas que compõem o álbum. As colaborações com produtores como Sounwave, DJ Mustard e Jack Antonoff foram cruciais para moldar o som do álbum e encontrar a coerência necessária para que as faixas funcionassem juntas de forma harmoniosa. A busca por um som autêntico da Costa Oeste, alinhado às raízes de Kendrick, foi um desafio que requereu um processo criativo intenso e uma curadoria rigorosa. O resultado é um álbum que não apenas reflete a versatilidade de Kendrick como artista, mas também sua capacidade de inovar e evoluir em seu trabalho.
As especulações sobre o que pode acontecer com as faixas que não foram incluídas no álbum GNX continuam a gerar interesse entre fãs e críticos. A possibilidade de um futuro deluxe ou de um “GNX volume 2” é algo que pode ser considerado, embora nada tenha sido confirmado oficialmente. O que é certo é que o processo criativo de Kendrick Lamar é marcado pela experimentação, sinceridade e coerência, o que faz com que seu trabalho seja sempre aguardado com grande expectativa. A forma como Kendrick lida com seu arquivo de “sobras criativas” pode ser vista como uma oportunidade para explorar novas ideias e somar à sua discografia, oferecendo aos fãs uma visão mais profunda de seu processo artístico.
