Desembargadoras do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, com sede no estado de São Paulo, denunciaram à Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho supostas irregularidades cometidas pela colega de Corte, a juíza Adriana de Jesus Pita Colella. As denúncias foram apresentadas recentemente, levando a uma nova investigação contra a magistrada, que é acusada de acumular a magistratura com um curso integral de medicina. A juíza Adriana de Jesus Pita Colella, que acabou de ser promovida a juíza titular do TRT-2, está se formando em medicina na Universidade Metropolitana de Santos, no litoral de São Paulo, curso que iniciou em 2020.

As denúncias apresentadas pelas desembargadoras do TRT-2 destacam que a juíza Adriana realizou residência em um internato da Santa Casa do município, estando ocupada de segunda a sexta, em horário comercial, nos dois últimos anos do curso de medicina. Isso gerou questionamentos sobre a compatibilidade entre o horário de trabalho no tribunal e o curso de medicina em tempo integral. Em setembro de 2025, mês anterior à promoção para juíza titular, Colella recebeu R$ 61.763,63 em salário líquido, de acordo com o portal da transparência do Conselho Nacional de Justiça. A remuneração de outubro, paga após a promoção, ainda não foi atualizada no portal. A investigação está em curso, e a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho irá avaliar se houve irregularidades na atuação da juíza Adriana.

A Corte argumentou que não há irregularidade no acúmulo de funções desempenhado por Adriana, citando o artigo 95, parágrafo único, I, da Constituição Federal, que impede que o magistrado exerça outro cargo ou função, salvo uma de magistério. Além disso, a Lei Orgânica da Magistratura não fixa horário de trabalho aos magistrados brasileiros, que são obrigados a realizar trabalho em todos os dias de expediente forense e, de acordo com decisão do CNJ, presencialmente, no mínimo, três dias da semana. A Corregedoria do Tribunal do Trabalho de Santos também afirmou que acompanhou a produtividade e o trabalho da magistrada durante todo o curso de medicina, de acordo com determinação da Corregedoria Nacional de Justiça do CNJ. Essas informações serão levadas em consideração durante a investigação.

A investigação em curso visa determinar se houve irregularidades na atuação da juíza Adriana e se as supostas irregularidades tiveram impacto no desempenho de suas funções no TRT-2. A Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho irá avaliar as denúncias apresentadas e as respostas da Corte, buscando esclarecer se houve compatibilidade entre o curso de medicina e as atividades exercidas pela juíza Adriana no tribunal. A decisão final da Corregedoria irá definir se houve irregularidade e quais as consequências para a juíza Adriana, caso sejam confirmadas as denúncias apresentadas pelas desembargadoras do TRT-2.

Camilo Dantas é redator profissional formado pela USP, com mais de 15 anos em jornalismo digital e 25 anos de experiência em SEO e estratégia de conteúdo. Especialista em arquitetura semântica, otimização para buscadores e preparação de conteúdo para LLMs e IAs, atua como uma das principais referências brasileiras em SEO avançado. Também é formado em Análise de Sistemas com foco em Inteligência Artificial, unindo expertise técnica e editorial para produzir conteúdos de alta precisão, relevância e performance. Contato: redacao@camillodantas.com.br

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