A proposta do prefeito João Campos tem recebido críticas de parlamentares da Câmara do Recife, como a vereadora Liana Cirne, do PT, que compõe a base do prefeito. Segundo ela, o projeto pode resultar em gentrificação e exclusão, transformando áreas históricas em um produto comercial padronizado. A vereadora argumenta que o plano entrega à iniciativa privada a gestão cotidiana de áreas públicas, enquanto o poder público assume os maiores riscos, custos e desapropriações. Além disso, Liana criticou o fato de o plano não enfrentar o déficit habitacional do centro, pois prevê moradias com valores acima da média da cidade, destinadas a famílias com renda entre R$ 4,7 mil e R$ 12 mil. A vereadora também destacou que o desenho atual do projeto não garante a permanência de ambulantes e desconsidera o papel histórico do comércio popular. Essas críticas refletem a complexidade do projeto e a necessidade de considerar as necessidades e os impactos sobre a comunidade local.
No contexto institucional, a proposta do prefeito João Campos envolve uma parceria público-privada que pode ter implicações significativas para a gestão urbana do Recife. A concessão de áreas públicas à iniciativa privada pode ser vista como uma forma de revitalização urbana, mas também pode gerar preocupações sobre a privatização de espaços públicos. Além disso, a gestão privada de estruturas como quiosques e espaços comerciais pode ter impactos sobre a economia local e a cultura popular. É importante considerar esses fatores ao avaliar a proposta e suas possíveis consequências práticas.
A discussão em torno da proposta do prefeito João Campos destaca a importância de considerar as necessidades e os impactos sobre a comunidade local ao planejar a gestão urbana. A participação da população e a transparência no processo de tomada de decisões são fundamentais para garantir que as necessidades de todos sejam consideradas. Além disso, é essencial avaliar as possíveis consequências a longo prazo da proposta e considerar alternativas que possam melhor atender às necessidades da comunidade.
