Douglas Alves de Souza, de 26 anos, está com uma ferida de bala aberta no braço desde que foi baleado por policiais civis em 30 de novembro, quando foi preso por tentar atropelar e matar a ex-namorada, Tainara Souza Silva, 31. De acordo com o advogado de Douglas, Marcos Tavares Leal, o jovem ainda não recebeu atendimento médico adequado e está detido na carceragem do 26º Distrito Policial, na zona sul de São Paulo. A tentativa de feminicídio ocorreu no dia 29 de novembro, na Marginal Tietê, zona norte da cidade, quando Douglas atropelou e arrastou Tainara por mais de 1 km.
Segundo o advogado, a defesa de Douglas não busca “vitimismo” ou “passar a mão na cabeça de bandido”, mas sim destaca a necessidade de atendimento médico humanitário. O defensor afirmou que sua função é preservar a integridade física do detento e que permitir mais violência não ajuda a sociedade. Em audiência de custódia, Douglas afirmou ter sido vítima de agressões e possível tortura por policiais civis durante a prisão. A juíza Paula Marie Konno solicitou informações atualizadas sobre o estado de saúde de Douglas e eventuais atendimentos médicos.
Tainara Souza Silva sofreu lesões severas e precisou amputar as duas pernas no Hospital Municipal Vereador. A agressão teria sido motivada por ciúmes, pois Douglas não teria aceitado o fim do relacionamento. No entanto, o preso nega ter tido qualquer relação amorosa com a vítima. A Secretaria da Segurança Pública ainda não respondeu às perguntas sobre as informações divulgadas pelo advogado. O caso levanta questões sobre a violência contra a mulher e a necessidade de atendimento médico adequado para detentos.
A juíza Paula Marie Konno tem prazo de 10 dias para receber informações sobre o estado de saúde de Douglas e eventuais atendimentos médicos. O advogado de Douglas reforçou que a defesa busca apenas garantir o atendimento médico necessário ao detento. O caso permanece sob investigação, e a polícia civil ainda não respondeu às acusações de agressão e tortura feitas por Douglas.
