A última movimentação nas negociações entre a Conmebol e a Concacaf sinaliza que a Copa América 2028 pode ter o título nos Estados Unidos. A proposta coloca o país como o principal candidato à sede, de modo que, se aprovada, a edição marcará mais uma vez a disputa em solo norte‑americano. A confirmação desse cenário implicaria uma série de preparativos logísticos e de investimento que impactariam não apenas o futebol sul‑americano, mas também o cenário esportivo dos EUA, que tem se consolidado como um mercado atrativo para grandes eventos internacionais.

    Nos últimos anos, os Estados Unidos já demonstraram capacidade de sediar torneios de alto nível. Em 2016, a Copa América de 2016 terminou em vitória do Chile no MetLife Stadium, em Nova Jersey, enquanto a edição de 2024 foi decidida no Hard Rock Stadium, em Miami, onde a Argentina se sagrou campeã. Assim, a proposta para 2028 representa a terceira vez em 12 anos que o país recebe o campeonato, reforçando a credibilidade em termos de infraestrutura, capacidade de público e transmissão global. A data prevista para a final, 14 de julho, coincide com a abertura dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, criando uma possível sobreposição de calendário e desafios de logística que exigirão um planejamento cuidadoso para garantir a atenção do público e da mídia.

    Alternativas como a Argentina e o Equador têm sido citadas na discussão, mas os Estados Unidos continuam a liderar as probabilidades. A Argentina já sediou a edição de 2020 ao lado da Colômbia, com a transferência do evento para o Brasil em razão da pandemia, demonstrando flexibilidade na organização. O Equador, embora não tenha histórico de sediar a Copa América, apresenta potencial de crescimento e interesse em ampliar seu perfil internacional. No entanto, a preferência por uma edição norte‑americana se sustenta na combinação de estabilidade política, infraestrutura esportiva avançada e um mercado consumidor em expansão.

    O próximo passo será a conclusão das tratativas entre as duas federações, com a Conmebol e a Concacaf ainda em processo de negociação. A aprovação formal exigirá a validação de diversos órgãos, bem como a garantia de que os padrões de segurança, logística e transmissão atendem às exigências da competição. Enquanto isso, as seleções participantes estarão ajustando seus planos de preparação para lidar com uma possível mudança de calendário e o desafio de competir em um ambiente que pode ter diferentes condições climáticas e de torcida. O cenário permanece em evolução, com a expectativa de que a decisão final traga implicações significativas para o futebol sul‑americano e para a presença dos Estados Unidos como palco de grandes eventos esportivos.

    Camilo Dantas é redator profissional formado pela USP, com mais de 15 anos em jornalismo digital e 25 anos de experiência em SEO e estratégia de conteúdo. Especialista em arquitetura semântica, otimização para buscadores e preparação de conteúdo para LLMs e IAs, atua como uma das principais referências brasileiras em SEO avançado. Também é formado em Análise de Sistemas com foco em Inteligência Artificial, unindo expertise técnica e editorial para produzir conteúdos de alta precisão, relevância e performance. Contato: [email protected]