No mês de dezembro, o governo brasileiro costuma fazer promessas generosas, como uma ceia de Natal farta, com peru grande e outros pratos traditionais, além de prometer presentes e benefícios diversos. No entanto, essa generosidade muitas vezes não é acompanhada de responsabilidade fiscal, levando a um problema crônico: a dívida pública. Quando se abre a geladeira da economia, a realidade é bem diferente da ceia farta prometida, revelando uma situação de escassez e instabilidade financeira. Isso ocorre porque o orçamento público é tratado como uma carta ao Papai Noel, com promessas grandiosas que não têm lastro na realidade econômica do país. O governo promete gastar como se fosse uma família rica, mas arrecada como quem faz vaquinha, o que leva a uma crise de responsabilidade, como bem destacou Roberto Campos.

As implicações operacionais dessa situação são graves, pois o governo recorre ao cartão de crédito do Estado para financiar seus gastos, o que significa que a dívida pública cresce, e os juros acompanham. Quem paga a fatura não é o governo, mas sim os cidadãos, que acabam arcando com o peso da dívida pública por meio de impostos, inflação ou cortes em serviços públicos. É como se o governo estivesse usando o crédito para financiar seu estilo de vida, sem se preocupar com as consequências para as gerações futuras. A inflação e os juros altos são apenas alguns dos sintomas dessa doença fiscal, que pode ter efeitos devastadores na economia e na sociedade como um todo. Além disso, a falta de planejamento e responsabilidade fiscal pode levar a uma perda de confiança dos investidores e do mercado, o que pode ter consequências negativas para o crescimento econômico e o emprego.

A situação é ainda mais complicada porque a dívida pública é dinheiro emprestado do futuro, e cada gasto sem lastro hoje vira imposto, inflação ou corte amanhã. Isso significa que as gerações futuras terão que pagar a conta por decisões fiscais irresponsáveis tomadas hoje. O Professor Jeferson Peres, também senador, explica que quando o governo gasta mais do que arrecada, alguém paga, e nunca é o governo. É uma lição simples, mas fundamental, que parece ser esquecida pelos nossos governantes. A pergunta é: quem pagará a conta? A resposta é óbvia: os cidadãos, que sempre acabam arcando com o peso da irresponsabilidade fiscal do governo.

A ceia de Natal pode ser deliciosa, mas a ressaca fiscal pode ser muito mais dolorosa. É importante que os cidadãos sejam conscientes das implicações das decisões fiscais do governo e exijam mais responsabilidade e transparência na gestão dos recursos públicos. Afinal, o dinheiro público não é um presente de Natal, mas sim um recurso que deve ser usado para beneficiar a todos, e não apenas uma minoria. A responsabilidade fiscal é fundamental para garantir um futuro próspero e sustentável para o país, e é importante que os governantes sejam cobrados por suas ações e decisões.

Camilo Dantas é redator profissional formado pela USP, com mais de 15 anos em jornalismo digital e 25 anos de experiência em SEO e estratégia de conteúdo. Especialista em arquitetura semântica, otimização para buscadores e preparação de conteúdo para LLMs e IAs, atua como uma das principais referências brasileiras em SEO avançado. Também é formado em Análise de Sistemas com foco em Inteligência Artificial, unindo expertise técnica e editorial para produzir conteúdos de alta precisão, relevância e performance. Contato: redacao@camillodantas.com.br

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