A Polícia Civil de Goiás prendeu uma moradora do Entorno do Distrito Federal durante uma operação nacional que desarticulou uma rede ilegal de abortos. A ação, coordenada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, ocorreu em diversos estados brasileiros e teve como objetivo combater uma organização criminosa especializada no comércio ilegal de medicamentos abortivos por meio da internet. A mulher, encontrada em Valparaíso de Goiás, foi presa em flagrante delito após confessar participação na organização criminosa e estar na posse de medicamentos abortivos com procedência desconhecida.
A organização, que se autodenominava “Sinta-se acolhida”, era composta por diversas pessoas que atuavam como vendedoras de medicamentos abortivos e prestavam suporte técnico e orientações detalhadas às compradoras, viabilizando a prática de abortos. A investigação começou após uma mulher de Guaíba, no Rio Grande do Sul, ter procurado um hospital relatando fortes dores e informando que havia tomado um medicamento abortivo comprado pela internet. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul identificou os administradores do grupo em diferentes estados da federação, com ramificações na Paraíba, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Durante a operação, denominada Operação Aurora, foram cumpridos mais de 10 mandados de busca e apreensão em diferentes unidades da Federação, além de prisões de investigados diretamente envolvidos nas condutas apuradas. A polícia também apreendeu medicamentos de origem e comercialização proibidas. A ação simultânea ocorreu em 10 unidades da federação e demonstrou a abrangência da rede criminosa. O misoprostol, medicamento utilizado para abortos e vendido pela internet, foi um dos produtos apreendidos.
A operação é um exemplo de ação integrada entre as forças de segurança pública para combater crimes que envolvem a venda ilegal de medicamentos e a prática de abortos clandestinos. A venda de medicamentos abortivos pela internet é um problema grave que pode ter consequências sérias para a saúde das mulheres.
