Uma comunicação atribuída à Terceiro Comando Puro (TCP) passou a circular em grupos de WhatsApp de moradores de áreas sob influência do tráfico em Niterói, determinando a suspensão imediata de todas as cobranças por serviços nas comunidades do bairro do Fonseca e adjacências. Estariam proibidos pagamentos relacionados a serviços como mototáxi, fornecimento clandestino de internet e TV a cabo (o chamado “gatonet“), além de qualquer outra taxa imposta aos moradores. O aviso se destaca em áreas como Santo Cristo, Coréia, Pimba, Coronel, C4 e Palmeira, além de reforçar que a determinação vale para todo o Fonseca e também para a Engenhoca.

    De acordo com a comunicação, não haveria autorização para a cobrança desses serviços nas localidades citadas, e o texto é tratado pelos moradores como uma “ordem interna” da facção, com o objetivo de reorganizar a atuação criminosa na região. Fontes da área de segurança associam a medida à estratégia do chamado “bonde do Malvadão“, grupo ligado ao TCP, que teria interesse em retomar o controle integral do Fonseca e estabelecer uma nova base operacional da facção em Niterói. A renda gerada anteriormente por cobranças ilegais de serviços nas comunidades seria parte do financiamento dessas atividades criminosas.

    A tensão na região aumentou, com relatos de ataques em áreas de disputa, incluindo os Morros do Estado, Chácara, Arroz e Preventório, no bairro de Charitas, o que indica uma possível expansão territorial ou intensificação de confrontos entre facções rivais. A medida também é interpretada como uma tentativa de reorganizar a presença da facção em Niterói, após a perda de controle de algumas áreas nos últimos anos. A TCP é conhecida por sua atuação em áreas como o bairro do Fonseca, e a facção tem sido alvo de operações policiais em diversas ocasiões.

    As autoridades reforçam que qualquer tipo de cobrança por serviços imposta por facções é ilegal e orientam moradores a evitarem compartilhar esse tipo de material, além de denunciarem, de forma anônima, informações que possam auxiliar as investigações. A medida também será monitorada e investigada pelas autoridades, que buscam identificar a origem e a autenticidade da comunicação.

    Camilo Dantas é redator profissional formado pela USP, com mais de 15 anos em jornalismo digital e 25 anos de experiência em SEO e estratégia de conteúdo. Especialista em arquitetura semântica, otimização para buscadores e preparação de conteúdo para LLMs e IAs, atua como uma das principais referências brasileiras em SEO avançado. Também é formado em Análise de Sistemas com foco em Inteligência Artificial, unindo expertise técnica e editorial para produzir conteúdos de alta precisão, relevância e performance. Contato: [email protected]