A indústria musical está passando por uma transformação significativa com a inserção da inteligência artificial (IA) na criação de músicas. O compositor e cantor Breland, conhecido por sucessos como “My Truck”, provocou uma discussão interessante ao propor que as músicas criadas com a ajuda da IA deveriam ser rotuladas como tal. Essa medida pode afetar a forma como as pessoas percebem e apreciam a música, e também pode impactar a forma como as receitas geradas por músicas de IA são distribuídas. Breland acredita que os ouvintes têm o direito de saber se a música que estão ouvindo foi criada por um ser humano ou por uma máquina, e propõe que as receitas geradas por músicas de IA sejam destinadas a bolsas de estudo e subsídios para criativos emergentes, em vez de serem apropriadas por empresas ou indivíduos que não têm um papel direto na criação da música.

    Breland está preocupado com o impacto que a IA pode ter na indústria musical, especialmente em gêneros como o country, que valorizam a autenticidade e a emoção humana. Ele acredita que a automação da criação musical pode levar à perda da essência da música, que é uma experiência fundamentalmente humana. Além disso, ele também destaca a questão ambiental, pois a operação da IA requer vastos recursos energéticos e pode contribuir para a destruição do planeta. A IA pode ser uma ferramenta poderosa para a criação musical, permitindo que os artistas experimentem novas ideias e sons de forma mais eficiente e eficaz, mas é importante garantir que o trabalho humano continue a ser valorizado e reconhecido. É comum que em composições com a ajuda de máquinas, os profissionais de música estejam presentes em todos os estágios do processo criativo.

    A discussão sobre o uso da IA na indústria musical é complexa e multifacetada, envolvendo questões técnicas, artísticas e éticas. Além da questão da autoria e da propriedade intelectual, a IA pode criar músicas que são difíceis de atribuir a um único criador. A proposta de Breland pode ser um ponto de partida para uma discussão mais ampla sobre o uso da IA na indústria musical, e como podemos garantir que a essência da música humana seja preservada. É provável que, com o avanço tecnológico, haja uma mistura ainda maior de processos artísticos e de inteligência artificial.

    Camilo Dantas é redator profissional formado pela USP, com mais de 15 anos em jornalismo digital e 25 anos de experiência em SEO e estratégia de conteúdo. Especialista em arquitetura semântica, otimização para buscadores e preparação de conteúdo para LLMs e IAs, atua como uma das principais referências brasileiras em SEO avançado. Também é formado em Análise de Sistemas com foco em Inteligência Artificial, unindo expertise técnica e editorial para produzir conteúdos de alta precisão, relevância e performance. Contato: [email protected]