Na manhã de quarta-feira (3/12), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, foi preso em decorrência da Operação Unha e Carne, por ter vazado informações da Operação Zargun. O mandado de prisão foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, após o relatório encaminhado pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que pediu a prisão do deputado estadual.

    A PF afirma que o deputado, agora afastado da presidência, orientou o aliado Thiego Raimundo dos Santos, o TH Joias, a retirar objetos da casa antes da operação deflagrada em setembro deste ano. TH Joias foi preso e está encarcerado por tráfico de drogas, condenado a quase 15 anos de reclusão pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Segundo a PF, o deputado estadual sabia das notórias interações de TH Joias com o Comando Vermelho e toma ciência prévia da ação policial, conversa com o principal alvo da ação e ainda o orienta sobre a retirada de objetos de interesse da persecução da residência.

    O relatório da PF evidencia a existência de um verdadeiro Estado paralelo, capitaneado pelos capos da política fluminense, que vazam informações que inviabilizam o sucesso de operações policiais relevantes contra facções criminosas violentas. A operação Zargun desarticulou um esquema de tráfico internacional de armas e drogas, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro, apontado como diretamente ligado às lideranças do CV no Complexo do Alemão. Foram cumpridos 18 mandados de prisão e 22 de busca, além do sequestro de R$ 40 milhões em bens.

    A PF investiga o episódio do vazamento da operação contra TH Joias, e os investigadores afirmam que todos os episódios relacionados ao vazamento da operação evidenciam a existência de um verdadeiro Estado paralelo. O relatório da PF é um documento importante que pode ajudar a entender a complexidade da situação e as consequências práticas da ação do deputado estadual. A prisão de Rodrigo Bacellar é um passo importante na investigação e pode ter consequências significativas para a política fluminense.

    Camilo Dantas é redator profissional formado pela USP, com mais de 15 anos em jornalismo digital e 25 anos de experiência em SEO e estratégia de conteúdo. Especialista em arquitetura semântica, otimização para buscadores e preparação de conteúdo para LLMs e IAs, atua como uma das principais referências brasileiras em SEO avançado. Também é formado em Análise de Sistemas com foco em Inteligência Artificial, unindo expertise técnica e editorial para produzir conteúdos de alta precisão, relevância e performance. Contato: [email protected]